domingo, 4 de março de 2012

E o parque não parou de funcionar

Felizmente, já não era preciso ir a pé ao trabalho. Nem de ônibus ou metrô. E o carro tinha ar condicionado e trava elétrica, como eles haviam sempre sonhado. Elétrica também era a cerca que protegia a casa e o jardim. Fora possível, além disso, construir uma churrasqueira no quintal e inserir ali uma piscina de poucos litros, para os dias de maior calor. Mas jamais se esqueceriam de que o dinheiro para isso fora fruto da indenização pela morte da filha, adolescente que caíra de um brinquedo muito alto, em um parque de diversões.

(04 de março de 2012.)

Um comentário:

  1. Que gosto amargo o desse dinheiro. Lendo o conto, o cenário proveniente dele é asfixiante.

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