domingo, 27 de março de 2011

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Certas letras de música falam por nós. E, às vezes, descobrimos que nossos sentimentos são os mais populares, os mais churrasqueiros e – por que não? – os mais pagodeiros. E eu cresci na época em que Raça Negra, Katinguelê, Exaltasamba alegravam as tardes de domingo, com playbacks e coreografias limitadas, nos programas de auditório. Era o tempo da lua que vai, iluminar os pensamentos dela... Em que a gente nadava e morria, na beira da praia, porque, se não tiver você, o coração chora... e assim por diante. Não precisava inventar um poema para a data de aniversário da pessoa querida! Era só cantar: “Feliz aniversário, meu amor, espero que você esteja muito feliz...” Não, eu não gostava de pagode e, ao contrário, manifestava por ele abertamente todo o meu menosprezo. Mas acontece que o tempo vai passando, e a gente percebe que há catástrofes musicais bem mais contundentes. E vê que o pagode tinha, ao menos, a sua porção respeitável de bom humor ao musicar experiências prosaicas, sem a pretensão de uma canção sertaneja romântica ou a autoajuda de uma letra de axé. Mas por que eu estou escrevendo sobre isso hoje, com tanta coisa mais importante no mundo? Visite o blog www.wwsuicide.blogspot.com e descubra!

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